terça-feira, 20 de abril de 2010

CPI da Pedofilia

IGREJA CATÓLICA E PEDOFILIA
Padre preso
CPI da pedofilia manda prender o padre Luiz Marques acusado de abusar de menores em Arapiraca (AL)

ARAPIRACA (AL) – O padre Luiz Marques Barbosa, 82, foi preso no final da tarde de ontem, 18, durante os interrogatórios da CPI da Pedofilia, realizada em Arapiraca – cidade a 146 quilômetros de Maceió. A ordem de prisão foi dada pelo juiz Rômulo Vasconcelos, sob a alegação de que o religioso pudesse fugir do país.

“Ele requereu a expedição de um passaporte recentemente e, portanto, decretei a prisão”, argumentou o juiz. "Eu tirei esse passaporte em janeiro, quando essa denúncia ainda não tinha vindo à toma. Como então eu estava me preparando para fugir?", defendeu-se o religioso.

Também foram presos o motorista José Reinaldo e a assistente social Maria Isabel dos Santos, ambos funcionários da paróquia do monsenhor Luiz Marques. De acordo com a CPI da Pedofilia, os funcionários mentiram durante os depoimentos.

Segundo o senador Magno Malta (PR-ES), que preside a CPI, os dois sabiam dos abusos sexuais dos padres com os ex-coroinhas e se esquivaram em confessar o que sabiam. Tanto o padre quanto seus funcionários estão presos no 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em Arapiraca.

Prisão domiciliar – Edson Maia, o advogado do monsenhor Luiz, solicitou ao juiz a prisão domiciliar do religioso pelo fato dele ser um ancião de 82 anos e não oferecer riscos à sociedade, mas o pedido foi negado. Agora resta ao advogado aguardar o pedido do habeas corpus feito ao Tribunal de Justiça para a liberação dos envolvidos direta e indiretamente nas acusações de pedofilia. O padre Luiz Marques negou que era pedófilo. Questionado sobre o fato de ser homossexual, ele disse que preferia não responder.

No sábado, 17, o padre Edilson Duarte, 43, confessou ter feito sexo com três ex-coroinhas quando eram menores de idade. O padreRaimundo Gomes, 52, também é acusado de pedofilia, mas nega. A CPI não encontrou nenhuma prova concreta das acusações ao padre Raimundo. Já o padre Edilson não foi preso porque se comprometeu a entrar no programa “delação premiada”, na qual a pena é reduzida desde que não falte com a verdade.


FONTE: www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=1335

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